Carreata em prol dos comerciantes mostra insatisfação da classe

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Depois de uma semana proibidos de abrir seus estabelecimentos diante de um decreto da Prefeitura Municipal de Unaí para o combate à proliferação do vírus COVID-19, dezenas de empresários saíram às ruas em uma carreata que percorreu por diversas ruas da cidade.

A reivindicação do protesto que aconteceu na tarde desta sexta-feira, 27 de março, é para a revogação do decreto anunciado no dia 20 de março, pelo prefeito de Unaí, José Gomes Branquinho. Depois de uma semana fechados para a quarentena que se estenderá até o dia 31, próxima terça-feira, os empresários, que depararam com contas vencendo e as portas fechadas, decidiram protestar contra o decreto.

O ato, que começou na Praça da Matriz por volta de 16 horas, culminou na Praça da Prefeitura 40 minutos depois, onde o prefeito estava com uma equipe terminado a edição de um novo decreto que começará a valer a partir do dia 01 de abril, próxima quarta-feira.

Ânimos exaltados

O protesto, que começou sem nenhuma aglomeração na Praça da Matriz teve o fim com alguns empresários na porta da Prefeitura, onde começou um protesto com gritos de ordem contra o chefe do executivo. Depois de alguns minutos de protesto o prefeito de Unaí fechou duas janelas que estavam de frente aos manifestantes. Logo depois, em uma coletiva com a imprensa para divulgar o novo decreto que flexibiliza o atual para que alguns segmentos voltem a funcionar, Branquinho se demonstrou extremamente chateado com o protesto que tinha acabado de acontecer, que segundo ele até faltaram com respeito.

A empresária Simone dos Reis, que também é funcionária pública, disse que a situação já fugiu da normalidade. Disse que Branquinho é prefeito hoje, mas foi comerciante a vida toda. “Não devemos nos esquecer das raízes, de onde viemos,” afirmou a empresária. Disse que foi vergonhoso o ato do prefeito fechar a janela na cara de todos que ali estavam em um protesto pacífico. O ato se esfriou com a chegada da Polícia Militar, que não precisou atuar contra os manifestantes.

Reportagem e fotos: José Ney Lopes