Evento promovido pela Diretoria de Agronegócios da ACE/CDL de Unaí reuniu produtores, consultores e especialista da EPAMIG para discutir o futuro da cafeicultura regional
A cafeicultura mineira é reconhecida mundialmente pela sua qualidade e pelo volume expressivo de produção. Minas Gerais responde por aproximadamente 47% de toda a produção nacional de café, consolidando-se como o principal estado produtor do Brasil. Tradicionalmente, o Sul de Minas sempre esteve em destaque, principalmente com o café de montanha. No entanto, nos últimos anos, novas fronteiras agrícolas vêm ganhando espaço, e o Noroeste de Minas surge como uma região promissora no setor.
De acordo com dados do IBGE (2023), a produção de café no Noroeste Mineiro ultrapassou 557 mil sacas, com destaque para os municípios de João Pinheiro, Unaí, Paracatu e Formoso. Este último, inclusive, lidera em produtividade, alcançando 56,34 sacas por hectare – mais que o dobro da média nacional, estimada em 27 sc/ha.
Mesmo com uma área de cultivo ainda considerada modesta, pouco mais de 11 mil hectares, o Noroeste de Minas apresenta condições extremamente favoráveis ao cultivo do café. A topografia plana, a disponibilidade hídrica e as características climáticas tornam a região altamente competitiva, com potencial para produção de café de alta qualidade, baixo custo e elevado rendimento.
Com o objetivo de fomentar o desenvolvimento sustentável da cafeicultura regional, a Diretoria de Agronegócios da ACE/CDL de Unaí tem atuado de forma proativa na promoção de debates e na articulação de ações junto a produtores e profissionais do setor.
No último mês, foi realizado um importante encontro técnico que reuniu cafeicultores, consultores e representantes de instituições do agronegócio. O evento contou com a participação de um especialista da EPAMIG (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais), que abordou estratégias práticas para o aumento da rentabilidade nas lavouras de café, considerando os desafios e oportunidades específicas da região.
Durante o encontro, foram discutidas temáticas como manejo de irrigação, nutrição equilibrada, novas cultivares adaptadas ao clima local e alternativas de comercialização que valorizem a qualidade do café produzido no Noroeste mineiro.
De acordo com o Dr. Wesley Santiago, engenheiro agrônomo e professor da UFVJM, que participou do evento e representa a Diretoria de Agronegócios da ACE/CDL de Unaí:
“Nosso compromisso é contribuir para que o produtor tenha acesso a conhecimento técnico, inovação e oportunidades de mercado. O café tem um enorme potencial de crescimento em nossa região, e queremos ser agentes desse desenvolvimento.”
As fotos do evento, disponíveis abaixo, demonstram a forte adesão do público e o interesse crescente dos produtores locais por conhecimento técnico e melhorias na gestão das lavouras.
