Coronavírus x Fatores Emocionais: Por Eliana Zica

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Leia o que a presidente da ACE e CDL de Unaí pensa sobre o atual cenário comercial no município.

Vivemos hoje cada momento como único nas nossas vidas, pois não sabemos do momento seguinte. Tínhamos quase certeza para onde os nossos passos nos levariam. Não sei se por fé, por conhecer o caminho já traçado por nossas avós, mães e mestres, mas tínhamos conhecimento de um destino quase que certo. Às vezes, nos rebelávamos para mudanças, mas eram mudanças desejadas ou mesmo adaptáveis com facilidade.

Estávamos acostumadas a lidar com vários tipos de emoções e somos mestres em manipular as situações através delas.

Hoje somos empresárias, temos o comando nas nossas mãos, dirigimos grupos de pessoas e somos líderes empresariais, pagamos encargos trabalhistas, impostos, aluguéis, etc. e, para isso, precisamos de um caixa bem controlado, seguro, saudável e capaz de cumprir com todas as obrigações financeiras.

As vezes, passávamos por alguma dificuldade, mas sabíamos que podíamos contar com nossos consumidores, nossos clientes que vinham atraídos por estratégias inteligentes.

Um quase que insignificante serzinho (novo coronavírus) chega causando pânico e provocando mudanças que fogem do nosso controle. Acaba com a nossa certeza de que através do grito ou da persistência chegaríamos onde quiséssemos. Isso não nos garante mais nenhum sucesso. E como somos seres muito emocionais, diante dessa situação a incerteza e a insegurança encontram espaço em nós e nos assustamos diante desse cenário. Isso nos enfraquece, até que a mulher guerreira que somos assume a sua posição e se reinventa, ergue-se e encontra forças para superar a mais difícil tarefa de confiar em si mesma.

Precisamos ter confiança.

A confiança nos direciona para o equilíbrio emocional. E o equilíbrio emocional é atitude essencial na tomada de decisão em um momento como o que estamos vivendo e vivenciando, em que 100% de certeza não tem nenhuma garantia. O que faz a diferença neste momento é que cada líder deve se munir de coragem e determinação para romper as barreiras do incompreensível.

Diante disso, penso que o mais sensato seria analisar a situação sem alarde, com ponderação, mas com muita confiança naquilo que somos e do que somos capazes, sem tentar parecer ser o que não somos ou parecer poder o que não podemos, mas encarar as nossas limitações e caminhar rumo ao destino sem o véu da vaidade, da prepotência e sem nos entregar aos desatinos da ansiedade.

É, sem dúvida, um momento especial de aprendizado, e se o encararmos como um processo especial em nossas vidas, um dia poderemos até ser mestres de como reagir e como lidar diante da adversidade.

Talvez podemos afirmar com essa experiência que não podemos controlar o desconhecido, mas podemos aprender a controlar os fatores emocionais em nós, dando voz e vez ao racional que neste momento nos convida a olhar para o novo Coronavírus e tudo o que ele está causando em nós e no nosso planeta como uma oportunidade de aprendizado em que somos submetidos à prova sem sabermos qual o conteúdo a ser estudado e muito menos o resultado.

Parece que não aprendemos a arte de viver ou de bem viver.

Parece que algo ficou por ser escrito nas entrelinhas no livro da nossa história.

Parece que algo não foi percebido e foi esquecido na beira do caminho.

E hoje é preciso aprender a reaprender.

Deixar títulos, homenagens e o poder que diferencia os seres humanos uns dos outros e aprender a amar por meio das relações sem poder nos relacionar.

Aprender que o poder não te dá poder.

Aprender que existem muitas fomes e a pior delas é a fome de fazer algo que não podemos fazer.

Aprender a fazer diferente e a acreditar…

É preciso aprender a inclinar o coração para saber a mais importante lição que talvez seja o nosso propósito nesta vida…

SE RELACIONAR
RESPEITAR
AMAR
E…talvez, simplesmente SER.

Eliana Oliveira Zica Pereira presidente da ACE e CDL de Unaí